Já estamos no fim do terceiro mês do ano e acredito que todos os zilhões de blogueiras do universo on-line já fizeram o balanço de 2013. Devem ter feito seus posts com os prós e contras do ano passado, com uma linguagem bem legal e clara, sem serem saudosistas ou pedantes... Claro que admiro esse pessoal organizado, que já em dezembro, ou nos primeiros dias desse ano já tinham suas ideias e até o texto pronto. E infelizmente, eu não sou assim.
O meu ritmo é mais brando e meu timing para as coisas é diferente. Por exemplo, sinto que o ano só começa mesmo em março. Não por causa dos feriados e carnaval, mas por causa da mudança da estação. Com o fim do verão e a chegada do outono, as coisas ficam sérias.
O mês de janeiro ainda lembra o ano anterior porque te obriga a dar uma trégua de toda a correria passada. Em fevereiro você paga as contas mais pesadas, renova seguros e resolve coisas com o banco. E decide outros eteceteras que envolvem dinheiro.
Então chega março e tudo muda. Com o outono o ano se solidifica e o clima se refresca. A chuva lava os resquícios das canseiras antigas, e te prepara para novas lutas e correrias. Como diz a música: “É a chuva chovendo, é conversa ribeira / Das águas de março, é o fim da canseira” – a famosa obra de Tom Jobim...
Das pérolas músicais da MPB, a canção “Águas de março” mexe com a poesia que há em mim...
Continuando o balanço, 2013 foi um ano muito bom, por causa das pessoas e livros. Há uma frase (não me recordo o autor) que diz que de tudo o que se passa em nossa vida ficam apenas as pessoas que conhecemos, os lugares que visitamos e os livros que lemos. Uma das pessoas que conheci, e que me acolheu, foi a Iara, querida divagadora e idealizadora desse blog Eu não sou assim. Mulher moderna, super feminina, inteligente e prática. Uma diva eclética. Combinamos nas ideias e aperfeiçoamos outras. E com as dicas de leituras dela, meu cardápio literário deu uma diversificada. Ela foi me incluindo em suas coisas, começando por esse blog . Posso resumi-la em uma palavra: inspiradora.
Enfim: 2013 valeu a pena. E 2014 já tomou conta de tudo. A chuvinha de março refresca a alma, dando até vontade de fazer um selfie do tipo #Partiu chuva. Mas a vontade passa rápido...
As obrigações já consomem o meu/o nosso tempo mais precioso, ficando difícil encaixar, na rotina entre o trabalho e outras obrigações, um tempo para fazer tudo o que mais gostamos: ler, escrever, passear, ir ao cinema, namorar, estar no cantinho dos nossos pais. Fofocar e falar de futilidades com as amigas.