Um dia você acorda e percebe porque falam que nós mulheres
somos complicadas.
Depois de alguns (trinta e tantos) anos, alguns
relacionamentos, decepções amorosas, trocas de emprego, você começa a sentir
falta de algumas coisas que te incomodaram em determinados momentos da vida...
Ontem, um colega (solteirão convicto de trinta e tantos)
chegou ao trabalho exibindo seu presente de Natal: uma aliança de compromisso. Conversa
vai, conversa vem, ele acabou soltando que aceitou para não fazer desfeita e
que possui uma caixinha onde guarda os souvenires (identificação minha) dos
relacionamentos anteriores (!). Continuando a conversa, ele analisou que não usava
uma aliança há mais de 3 anos.
As mulheres estão tomando a iniciativa de comprarem os
pares de aliança, isso não é minha pauta, apenas quero ilustrar o quanto somos
complicadas. Quantas de nós esperam ansiosamente pelo ANEL, sem ao menos
comentar com o parceiro? Aí depois saímos falando horrores do coitado porque não
comprou, talvez tomar as rédeas e surpreender o rapaz seja a solução. TALVEZ...
Outro dia estava me perguntando por que existem homens
que nos abraçam para dormir e outros não. Não sou adepta de dormir de conchinha
e muito menos enroscada, mas às vezes acontece (e eu gosto). Mas quando um
resolve não nos abraçar durante a noite a gente cobra isso dele, então se ele começar
a abraçar demais, reclamamos que precisamos de “mais espaço”.
Quando começamos a reclamar dessas coisas, um filme dos
relacionamentos anteriores (pontos fortes e fracos) começa a passar pela nossa
cabeça e, instintivamente, analisamos os sujeitos imaginando como eles seriam
com as qualidades e atitudes de um, de outro, como se pudéssemos “montar” o
homem perfeito.
Sabe, o que percebi nesses meus aninhos de vida é que chega um tempo que a mulher quer viver tudo o que não viveu, pois antes ela tinha medo, insegurança e fugia da decepção.
ResponderExcluirMulheres querem viver “um romance desses de cinema” como diz a música. Mas se sentem sufocadas demais com a proximidade. Outras se sufocam com a ausência e o afastamento do outro que valoriza o espaço.
Sem contar que muitas vezes a independência feminina cria a imagem de mulher séria que evita delicadezas, quando muitas delas querem atitudes simples e espontâneas.
Ah, e o Anel se tornou um paradigma. E talvez sempre foi.
E homens já perceberam isso, e usam todo esse conhecimento contra as próprias mulheres que o bajulam.
Aí eu pergunto: não seria mais fácil se homens e mulheres tivessem um manual básico? Pelo menos um roteirinho simples...
(são só divagações de salto alto...)