segunda-feira, 7 de outubro de 2013

De repente trinta e todos



E por estar distraída, um dia você completa 39 anos e começa a se questionar de como chegou a ter todas essas dezenas e unidades de vida sem perceber. Se bem que a sua cabeça parou lá nos trinta e cinco, que é um número mais fácil de lembrar. E sempre no momento de preencher fichas em consultórios médicos, você, por viver divagando, começa a fazer as contas para descobrir a idade...
Também começa a omitir a verdadeira idade, não por vergonha ou por complexo. Omite por que há aqueles que ao saber da nossa idade, nos olham com uma cara de “nossa, tudo isso de idade e você é só isso...”, pois esperam que você com 37, 38, 39, seja basicamente estabilizada (rica, na verdade).
Não somos ricas, porém somos muitas coisas: trabalhadoras, donas de casa, cozinheiras, leitoras, escritoras, blogueiras  e palpiteiras de futebol.  Geralmente damos conta de administrar nossas dívidas, de decorar nossa casa, de quitar o carro, de cuidar de nossa maquiagem, unhas e cabelos.  Somos também baladeiras e adoramos viajar. Somos namoradas, esposas e amantes. E muitas são mães (essas são divas e heroínas).  E várias já estão com o segundo marido ou no vigésimo namorado.
Fazemos hidroginástica e yôga, drenagens e limpeza de pele. Voltamos a estudar em cursos, pós-graduação e mestrado, e muitas já mudaram de profissão. Colocamos os filhos e nossos pais em primeiro lugar, o que sempre fica em conflito com carreira e com nosso boyfriend ou marido.
E conciliar tudo isso na agenda é uma luta constante.
Resumindo:
Chegamos aos 39 anos, mas sempre dizemos 33 ou 35.
Às vezes o humor é de 20 ou 50 anos, depende do ciclo hormonal.
E o corpo? Bem, sempre tentamos manter ou voltar ao corpinho de 25 anos, no mínimo.
Filmes favoritos: De repente trinta, romances “fofos” e as produções dos anos 80 (sempre achamos que são as melhores).
Livros favoritos: os clássicos, alguns best-sellers aceitáveis, vários chick-lit e alguns de autoajuda.
Músicas? É claro que rock e pop, principalmente dos anos 80 (gostamos das bandas atuais, mas não nos descabelamos de fanatismo como antigamente).

E o nosso bolso muitas vezes é como se tivéssemos 13 anos, com dinheirinho suficiente para balas e um cachorro-quente.

Mulheres com mais de trinta: imperfeitas, heroínas e complexas demais para caber num post.


3 comentários:

  1. Adorei seu texto, super me identifico com o texto, e isso faz com que nos sintamos melhor, sem ter que aquela sensação de, "será que é só comigo?" Parabéns pelo texto e pelo cantinho, também aproveito para agradecer sua visita ao meu blog, volte sempre!

    ResponderExcluir
  2. Adorei seu texto, super me identifico com o texto, e isso faz com que nos sintamos melhor, sem ter que aquela sensação de, "será que é só comigo?" Parabéns pelo texto e pelo cantinho, também aproveito para agradecer sua visita ao meu blog, volte sempre!

    ResponderExcluir
  3. Estou mais para o vigésimo namorado... rs Apesar de não ter passado do décimo...Identificação total com "E o nosso bolso muitas vezes é como se tivéssemos 13 anos, com dinheirinho suficiente para balas e um cachorro-quente."

    E eu não gosto de mentir minha idade, eu sou SÓ isso e gosto muito do que sou! \m/

    ResponderExcluir